Brasil | Grupos bolsonaristas intentaron invadir una sede policial y quemaron vehículos

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Grupos bolsonaristas intentaron invadir una sede policial y quemaron vehículos en Brasilia

 

Manifestantes de la extrema derecha que apoya al presidente Jair Bolsonaro quemaron este lunes decenas de automóviles y ómnibus en varias regiones de Brasilia para protestar contra la elección del exmandatario Luiz Inácio Lula da Silva, quien fue oficializado como el futuro jefe del Estado por parte de la corte electoral.

Según fuentes policiales, comandos bolsonaristas intentaron ingresar a la sede de la Policía Federal a raíz de que había sido detenido por actos antidemocráticos un dirigente indígena aliado de Bolsonaro.

La policía del Distrito Federal de Brasilia reprimió con gases y balas de goma para evitar la invasión en el edificio de la Policía Federal.

«La situación es extremadamente tensa», dijo un vocero policial citado por CNN Brasil.

Diversos grupos circulaban por las amplias avenidas de Brasilia haciendo actos de vandalismo y es por eso que se reforzó la seguridad de Lula en el hotel Meliá 21, donde se encontraba alojado luego de haber sido diplomado esta tarde como presidente electo en una ceremonia en el Tribunal Superior Electoral.

Después de ese acto, Bolsonaro recibió en los jardines de la residencia presidencial, el Palacio de la Alvorada, a centenas de manifestantes que piden que el Ejército dé un golpe de estado para evitar el tercer mandato del líder del Partido de los Trabajadores.

En ese pequeño evento informal, un cura, al lado de Bolsonaro, alentó a los golpistas a seguir manifestando y llamó a Lula «ladrón».

«La seguridad del presidente Lula está siendo asegurada«, afirmó el futuro ministro de Justicia y Seguridad Pública, Flavio Dino.

El gobernador de Brasilia, Ibanés Rocha, dijo que la policía estaba en condiciones de controlar las situaciones de tumulto.

Este lunes por la noche se registraban bloqueos en algunos accesos a la Explanada de los Ministerios, el núcleo de los poderes de la capital brasileña.

Bolsonaristas que reclaman un golpe de Estado manifiestan desde el 30 de octubre, cuando el presidente fracasó en su reelección, en la puerta de los cuarteles del Ejército.

Télam


Bolsonaristas queimaram 8 carros e 5 ônibus e depredaram delegacia em ato em Brasília, dizem bombeiros

 

Desse total, quatro ônibus e sete carros foram totalmente queimados e o restante, parcialmente. Além disso, uma pessoa de 67 anos precisou de atendimento médico após inalar gás lacrimogêneo.

Ao g1, a Polícia Federal informou que não há novas informações sobre o ato. A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) também não se manifestou sobre prisões na noite desta segunda-feira.

Ato em Brasília

Os bolsonaristas tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e quebraram vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Policiais militares entraram em confronto com os bolsonaristas e botijões de gás também foram encontrados. Bombeiros afirmam que eles estavam vazios.

Na manhã desta terça-feira (13), a Esplanada dos Ministérios amanheceu fechada para o trânsito de veículos. Também há bloqueios na Praça dos Três Poderes e nas proximidades do Setor Hoteleiro Norte e da sede da Polícia Federal.

Por medida de segurança, após quatro veículos serem incendiados, os ônibus tiveram atraso de cerca de uma hora para sair da garagem, afirmaram as empresas Marechal, São José e Pioneira. Usuários enfrentam paradas lotadas e demora na chegada dos ônibus. Não há informação de a quais empresas pertenciam os coletivos atacados.

Entenda abaixo o que aconteceu

  • Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro
  • A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República;
  • A PGR e o STF afirmam que o Tserere é investigado por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes; a PF diz que o preso está acompanhado de advogados e que as formalidades relativas à prisão «estão sendo adotadas nos termos da lei».
  • Após a prisão de Tserere, um grupo de radicais tentou invadir um prédio da PF e incendiou carros;
  • Parte do grupo seguiu pela Asa Norte, onde realizou novos atos de vandalismo. Pelo menos um ônibus foi incendiado; botijões de gás foram espalhados em ruas da cidade;
  • A Polícia Militar foi chamada e reagiu com bombas de gás e balas de borracha. Houve confronto com os radicais;
  • A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central;
  • O secretário de Segurança, Júlio Danilo Souza Ferreira, afirmou que os participantes dos atos de vandalismo serão responsabilizados: «A partir de agora , temos imagens, filmagens, temos como identificar». Ele não soube dizer se houver prisões.
  • A região do hotel onde o presidente eleito, Lula, está hospedado teve a vigilância reforçada por equipes da PM.
  • O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse: «Por enquanto estamos agindo com as forças policiais. Todas as nossas forças policiais (…) estão nas ruas».
  • Ao blog da Andréia Sadi, o senador Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, afirmou que o «governo federal segue omisso diante dessa situação grave absurda».
  • Às 23h08, mais de duas horas depois do início dos atos, o ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, escreveu em uma rede social que o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, «manteve estreito contato» com a Secretaria de Segurança do DF e com o governo do DF «a fim de conter a violência e restabelecer a ordem». Ele disse que «tudo será apurado e esclarecido» e que a situação está se normalizando».
  • O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou de «absurdos» os atos de vandalismo, «feitos por uma minoria raivosa». Veja a repercussão política.

Violência nos atos ilegais

Outros casos recentes mostram a escalada da violência dos atos antidemocráticos em diversos pontos do país.

  • Tocantins

Agentes da Polícia Civil foram hostilizados por bolsonaristas acampados em frente ao 22º Batalhão de Infantaria do Exército, em Palmas, ao averiguar a presença de crianças e adolescentes no local.

  • Rondônia

A tubulação de bairros da cidade de Ariquemes foi arrebentada por supostos manifestantes, e a população ficou sem água tratada. Além disso, uma mulher contou em um vídeo não ter chegado a tempo de ver a mãe doente ainda com vida por ter sido barrada em um bloqueio ilegal.

  • São Paulo

Dois trechos da Rodovia Anhanguera, em Campinas, foram bloqueados por bolsonaristas que danificaram caminhões na madrugada de quarta-feira (23). Além disso, um servidor do IBGE foi espancado por bolsonaristas em Amparo ao tentar fugir de protesto.

  • Paraíba

Uma mulher foi agredida por bolsonaristas e presa pela PM por embriaguez, mesmo sem fazer teste

  • Mato Grosso

Um pai implorou para que bolsonaristas o deixassem passar com o filho, que faria uma cirurgia, e disse que o grupo usava facões. Em outro caso, um grupo de estudantes foi impedido de passar de ônibus e caminhou mais de 5 km para fazer o Enem.

Ainda no estado, dois suspeitos foram presos por atos análogos a terrorismo e por porte ilegal de armas ao tentar incendiar caminhão em Sinop. Um homem também foi agredido por participantes de um bloqueio.

  • Pará

No Pará, a Polícia Federal prendeu seis suspeitos de atos golpistas e ataque à Polícia Rodoviária Federal.

  • Santa Catarina

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu bombas, miguelitos e comparou bolsonaristas a black blocks. Em outro caso, um vídeo mostra um grupo de bolsonaristas agredindo uma mulher após derrota nas urnas. Ainda em SC, policiais rodoviários levaram golpes de barras de ferro em um bloqueio bolsonarista.

  • Paraná

Um caminhoneiro foi agredido ao tentar furar um bloqueio em rodovia.

  • Acre

Rio Branco enfrentou redução da frota de ônibus por causa do desabastecimento de combustível, além de sofrer com falta de cimento e alimentos perecíveis por conta de bloqueios em Rondônia.

 


Lula é diplomado pelo TSE, chora e diz que o povo reconquistou a democracia

 

A diplomação é a etapa que confirma o processo eleitoral e habilita Lula e Alckmin a tomar posse como presidente e vice-presidente da República no dia 1º de janeiro.

Defesa da democracia e choro

 

Em discurso após receber o diploma, Lula disse que o documento pertence ao povo brasileiro que, segundo ele, conquistou o direito de viver em uma democracia.

«Esse diploma não é do Lula presidente, mas de parcela significativa do povo que conquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma», disse Lula.

Também no discurso, Lula chorou ao se lembrar de críticas que sofreu por não ter diploma universitário.

Lula disse ainda que exercerá seu mandato em nome da «normalidade institucional» do país e da «felicidade» do povo brasileiro.

«É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra injustiças que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil. Em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo», concluiu.

Lula destacou que o resultado das eleições «não foi apenas a vitória de um candidato, de um partido», mas de uma «verdadeira frente ampla contra o autoritarismo».

«Hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas e se favorece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares desse país», disse o presidente eleito.

Discurso de Moraes

 

Em seu discurso, Alexandre de Moraes afirmou que a diplomação atesta o resultado eleitoral e a «vitória plena» da democracia e do Estado de Direito.

«Vitória do respeito ao Estado de Direito, da fiel observância à Constituição. A diplomação da chapa é o reconhecimento da lisura do pleito, da legitimidade política conferida soberanamente. A Justiça Eleitoral se preparou para garantir transparência e lisura das eleições», afirmou.

O presidente do TSE ainda criticou a disseminação de fake news, o discurso de ódio e ataques à democracia. Ele disse que os responsáveis serão punidos, para que isso não volte a acontecer.

«Essa diplomação atesta vitória plena e incontestável da democracia contra os ataques antidemocráticos, desinformação e contra o discurso de ódio proferido por diversos grupos que, identificados, garanto, serão responsabilizados, para que isso não retorne nas próximas eleições», prosseguiu Moraes.

Autoridades presentes

 

A mesa de honra da cerimônia foi composta pelas seguintes autoridades, além de Lula e Alckmin:

  • Alexandre de Moraes
  • Ricardo Lewandowski, vice-presidente do TSE
  • Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado
  • Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara
  • Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)
  • Benedito Gonçalves, corregedor da Justiça Eleitoral
  • Raul Araújo, ministro do TSE
  • Cármen Lúcia, ministra do TSE
  • Sérgio Banhos, ministro do TSE
  • Carlos Horbach, ministro do TSE
  • Augusto Aras, procurador-geral da República
  • Beto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil

De acordo com o TSE, aproximadamente mil pessoas foram convidadas para acompanhar a solenidade.

Diplomação

A diplomação representa o momento em que o Poder Judiciário atesta que os candidatos foram legitimamente eleitos pelo povo.

Além disso, é uma exigência legal para a posse e marca o fim do processo eleitoral, já que o TSE já avaliou todas as etapas do pleito, incluindo eventuais recursos contra os candidatos e o resultado das urnas.

O prazo final para a diplomação é 19 de dezembro, mas, a pedido da equipe de Lula, o TSE marcou a cerimônia para uma semana antes.

Para receber o diploma, os eleitos precisam estar com o registro de candidatura aprovado e as contas de campanha julgadas.

As diplomações acontecem desde 1951, mas foram suspensas durante o regime militar, de 1964 a 1985. A solenidade foi retomada em 1989, com a redemocratização e a eleição de Fernando Collor de Mello.

 

Globo

 

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